28.6.10

Pintura na favela: artistas holandeses enchem de cores o morro Dona Marta






Por Alexandra Forbes, colaboração especial

Ao mesmo tempo que desgraças como a que mostramos aqui ontem (no post abaixo) nos enchem de tristeza, há também notícias boas vindo dos morros cariocas.
 
Como contou o blog da revista T, do The New York Times, os holandeses Jeroen Koolhaas e Dre Urhahn, artistas, criaram um design furtacor pintaram um desenho de raios multi-coloridos nas fachadas de 34 casebres da favela Dona Marta, com a ajuda dos moradores (sim, eles receberam pagamento pelo trabalho).
No site do projeto, chamado Favela Painting, há mais informações,  e uma versão grandona da foto acima. Muito legal.

Fico torcendo para que o Rio receba mais investimentos como esse, que o deixem ainda mais lindo.

Incêndio no Morro dos Cabritos: balão causa destruição

Por Alexandra Forbes, colaboração especial




Não há nada a dizer além de... tristeza.

26.6.10

A Prainha no inverno carioca

por Antonella Kann

Inverno no Rio não rima com frio. Por outro lado, também não costuma rimar com praias cheias, o que é ótimo. Em tempo: não estou falando de Ipanema, Copa ou Leblon. Até porque aquelas bandas de lá nem sempre estão liberadas para o banho. Vale a pena, então, encarar uma meia hora de carro ( e, indo bem cedo, fugir dos engarrafamentos) para lagartixar na Prainha, uma das menores praias da cidade. E´ também uma das mais concorridas pelos surfistas, pois as ondas são sempre camaradas. Porém, nestes meses de junho a novembro, o fluxo diminui bastante e a gente consegue um lugar ao sol.


Só para chegar lá já é uma viagem em si, no bom sentido. Pegue a avenida litoranea, depois da avenida das Américas e siga em frente, pela Reserva. Cuidado para não passar da velocidade permitida, porque os pardais são implacáveis. Mas, em compensação, vá apreciando a vista, a vegetação, o mar que desliza ao seu lado. Em seguida, continue toda a vida pela orla do Recreio até chegar à praia da Macumba, também hiper bonita. Aí, é só continuar pela estrada que sobe uma falésia e em poucos minutos voce estará chegando à Prainha. E´ essa a vista que se descortina assim que voce vira a curva.

Tem dias que o mar está tão manso que até dá para espantar os surfistas e aí a praia é só sua. Tem uma barraquinha vendendo côco gelado e sanduiches. Muita gente jovem, poucos ou nenhum ambulante. Ideal para quem gosta da praia em seu estado puro.


Claro que quem manda no pedaço são os surfistas...



Esse é um dos pontos mais bonitos para tirar fotos da vista dos dois lados. Um se descortina sobre a Macumba e o outro sobre a Prainha em si. Para estacionar, encoste cuidadosamente e vá para o outro lado, suba no canteiro e por favor não despenque da mureta.

Pronto, fiz propaganda de um dos trechos de areia mais charmosos da cidade, onde predominam surfistas e gente jovem e sarada, alegre e esportiva. Este inverno não vai ser muito diferente, e qualquer sol a pino garante o programa favorito do carioca: pegar um bronze.

20.6.10

Restaurante Le Pré Catelan: três estrelas na praia de Copacabana


Por Constance Escobar
O Le Pré Catelan, no Hotel Sofitel em Copacabana, faz parte do seleto grupo de restaurantes brasileiros tri-estrelados no Guia 4 Rodas. Merecidamente. No comando dos fogões, o chef Roland Villard revela ser um cozinheiro de muitos atributos, dono de um talento que extrapola gêneros e especialidades. Embora o restaurante de alta gastronomia seja voltado pro receituário francês, suas criações deixam claro que seu trabalho não conhece fronteiras. Sua cozinha é, acima de tudo, moderna e criativa.
Uma das facetas do trabalho de Roland se revela em suas trilogias, onde o chef deposita toda a sua criatividade sobre um mesmo ingrediente, explorando-o de diversas formas num mesmo prato. É o caso da trilogia de crustáceos, que reúne tartare de lagostim, crocante de camarão com gengibre e ravióli de lagosta com bisque.
E da sensacional trilogia de foie gras: creme brulê, picolé em crosta de avelã e grelhado com molho de hibisco numa deliciosa combinação com o biju recheado de chutney de goiabada. Excelentes as três versões.
Outra das facetas do chef é o Menu Amazônia, fruto de um trabalho apaixonado, de um sonho que Roland alimentava de trazer pra sua cozinha os produtos que encontrava em suas viagens à região.
O percurso encontra seus pontos altos em pratos como a delicadíssima brandade de tucunaré ao leite de coco, que chega à mesa com uma linda escama a servir de colher, ao lado de um biju de tapioca recheado com crustáceos e palmito fresco, portador da mesma delicadeza...
Ou o pirarucu em crosta de caju, repousando sobre um ninho de jambu e regado por um perfumado caldo de tucupi, talvez o melhor dos pratos do Menu Amazônia. A leveza do peixe, o sabor do caju, a estranheza e a personalidade do jambu e do tucupi, tudo junto numa só bocada, levando-me, sem escalas, a um Brasil que, confesso, pouco conheço.
Ou ainda o incrível sorvete de murici, ilustre desconhecido do meu paladar. Que sabor.
Outro gol é o delicioso camarão grelhado com creme e farofa de castanha do Pará e blinis de moqueca.
Sem falar na belíssima sobremesa: uma esfera de chocolate que, ao se abrir, esparramava no prato um delicioso creme de coco. Ao lado, impecáveis sorvetes de frutas amazônicas: cupuaçu, açaí e taperebá.

Mesmo depois de tantos pratos, não dá pra deixar passar o famoso carrinho de sobremesas, onde brilham as maravilhas que saem das mãos do grande chef pâtissier Dominique Guerin. E a melhor das notícias: não é preciso se limitar a uma única sobremesa; podem-se escolher duas, três até. A gelée de flor de hibisco com pedacinhos de manga e panacota era de uma delicadeza ímpar. E o que dizer da Tarte Saint Honoré? Um clássico executado com perfeição, de deixar de joelhos um apaixonado pela confeitaria francesa.
Mesmo com as forças esgotadas, não há como resistir aos deliciosos petit fours. Desfecho à altura de uma refeição memorável.


Le Pré Catelan – no hotel Sofitel, na Av. Atlântica 4240 - Copacabana
www.leprecatelan.com.br

19.6.10

Fotografe o Rio para conhecer os seus segredos

por Antonella Kann

Quem nunca se irritou com a sua máquina que jogue a primeira imagem. Ainda mais se voce está com uma novinha na mão e ainda não decorou o manual ( manual? ninguém merece!)Se voce tem paixão por fotografia, então vale a pena aprimorar seus talentos e sair pela cidade para captar imagens de tudo quanto é jeito. Mas, não vá sozinho. Junte-se a um profissional e um grupo divertido. Aprender é tudo de bom. Mesmo pra quem já sabe.


Voce vai descobrir angulos diferentes, enquadramentos que nem pareciam existir e, melhor ainda, vai melhorar seus conhecimentos geográficos da cidade.


Nada melhor do que se deixar levar por alguém que tem na palma da mão todos os segredos do Rio, as manhas da luz, os bons horários e que vai ajudar voce a melhorar sua técnica.


Depois de fazer um curso de fotografia, a gente sempre acha que deu uma melhorada. Felizmente. Porque a sua máquina certamente ainda vai conseguir lhe passar a perna...Mas, garanto, voce vai se sentir mais seguro.


No dia 24 de junho começa um curso bem rapidinho na escola de fotografia Imagens & Aventuras
composto de 7 aulas, 3 praticas, durante as quais o grupo sai para fotografar a natureza, e 4 teóricas, onde cada um mostra seu trabalho e todos fazem comentários. O professor fotógrafo vai sempre apontar suas qualidades e defeitos, fazendo uma analise criteriosa para lhe ajudar a ficar mais feliz com os seus resultados.
As aulas serão às quintas e sábados. Maiores informações pelo tel. 2494 5250 ou pelo site http://www.imagenseaventuras.com.br/



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14.6.10

Quinta dos Pássaros, uma pousada no aconchego da serra

por Antonella Kann

O frio parece que está para chegar. E, com ele, a gente se anima pra tirar logo os casacos do armário e pensar em aproveitar esta estação lá no alto da serra. Hoje em dia, há dezenas de opções muito próximas ao Rio. Uma delas é a Quinta dos Pássaros, que visitei recentemente. Há dois anos, esta Quinta se transformou numa aconchegante pousada, que mais lembra a casa de amigos onde voce vai passar um agradável fim de semana, relaxando à beira da piscina, jogando tenis, tomando sauna, assistindo a uns bons filmes e, claro, comendo bem.
Com apenas 12 suites, todas diferentes e temáticas, esta antiga casa de campo, construída no final da década de 40, recebe seus hóspedes num ambiente descontraído, simpático e cheio de mordomias.


Uma delas é aceitar cães de pequeno porte ( vamos combinar, isso é coisa rara nas pousadas brasileiras) e ter uma das suítes adaptada para cadeirantes ( também algo ainda pouco difundido nos pequenos estabelecimentos).


Repare esta banheira, que nem é da maior suíte, mas é aaaaaaaaaltamente convidativa. Já pensou num bom banho de banheira numa noite bem friazinha??? E ainda dentro do quarto???
Quanto às acomodações, se é pelo tamanho e a vista, vale considerar a suíte master - com 140m quadrados, banheira de hidromassagem e uma geladeirona - para noite de núpcias e datas comemorativas.

Aliás, há desde recantos para famílias ( dois quartos com pátio privativo) a um triplex, genero loft, que pode abrigar um casal jovem que aprecie grandes espaços.



O café da manhã, tipo brunch, é servido até o ultimo hóspede. Ai, que delicia, ninguém precisa acordar cedo. Também, difícil é sair debaixo do edredon quando o termometro marca um só dígito! Verdade: na serra, pode ter certeza que faz frio de verdade. Mesmo a apenas 100 km do Rio.



O melhor mesmo é relaxar, chutar o balde e aproveitar o fim de semana para namorar. Tá, tem como jogar tenis, caminhar, fazer uma esteirinha básica e nadar ( a água é bem gélida, mas o sol queima) Mas, só se for para gastar as calorias adquiridas com os quitutes e as pizzas que são confeccionadas ao bel prazer pelos próprios hóspedes, no solarium.



Pousada Quinta dos Pássaros
Rua dos Beija Flores 1700, Bonsucesso
Tel. 0xx24 22 36 2050
www.pousadaquintadospassaros.com.br
reservas@pousadaquintadospassaros.com.br





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10.6.10

Bar Astor abre filial no Arpoador

Por Constance Escobar

Há pouco mais de um mês, o Bar Astor, clássico da boemia paulistana, abriu uma filial carioca. Passou por um belo banho de loja e veio dar o ar da graça de frente pras areias de Ipanema, no endereço onde funcionou, por anos, o bar Barril 1800. Um bem-vindo sopro de renovação num endereço tão privilegiado e, até então, tão mal explorado. Confesso que achei o Astor carioca ainda mais bonito que o de São Paulo, mesmo mantendo o décor classudo e o delicioso ar retrô da matriz. Estão lá os bancos de couro vermelho, os cartazes coloridos nas paredes, as luminárias amarelas… Mas, aqui e ali, percebem-se detalhes que dão um brilho diferente à casa. Sem falar no aspecto que faz a grande diferença: o endereço. O charme e a leveza da praia de Ipanema são palpáveis mesmo no canto mais escondido do salão.

O cardápio, num passeio por ícones da cozinha de bar, une clássicos da matriz a pratos que homenageiam o gosto do carioca, como o picadinho com angu, a alheira com ovos e o chuchu com camarão.
Logo nas primeiras semanas da casa, estive lá duas vezes. A verdade é que as primeiras semanas são, ainda, uma espécie de aquecimento e é exatamente quando surgem arestas a serem aparadas e quando se iniciam os ajustes finais. Por isso não costumo falar de restaurantes nesses primeiros momentos. A não ser quando, entre erros e acertos, seja possível vislumbrar algo verdadeiramente bom. Com o Astor, posso dizer que senti exatamente isso. Mentiria se dissesse que não presenciei tropeços e desacertos na cozinha nessas minhas duas visitas. Mas já dá pra ter uma bela idéia do que será o Astor carioca, tão logo vencidas essas questões primeiras... Eis aqui alguns dos motivos pelos quais posso garantir que voltarei muitas vezes ainda:

Besteira à milanesa: canapés quentes de queijo derretido com tiras fininhas de bife à milanesa...

Os tostados, deliciosos sanduíches que chegam à mesa douradinhos e crocantes, depois de passarem, digamos assim, por um abraço apertado de uma chapa poderosa...

O sensacional sanduíche de pastrami, páreo pras melhores délis de Nova Iorque...

Os ovos boêmios (adorei o nome), que chegam acomodados em meio a dezenas de rodelinhas finíssimas de uma linguiça picante e saborosa...

O picadinho Astor, que vem com caldinho de feijão, farofa, ovo pochê, bananinha à milanesa e pastéis de queijo.

Enfim, eu diria que o Astor tem todos os requisitos pra entrar pra lista dos melhores bares do Rio. Pelo ambiente de bom gosto e pela boa cozinha, claro. Mas também pelo fato de que não é qualquer bar que tem como coadjuvante as areias de Ipanema...


Bar Astor – Av. Vieira Souto 110 (entrada pela Rainha Elizabeth)
Ipanema
www.barastor.com.br


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