por Antonella Kann
Inverno no Rio não rima com frio. Por outro lado, também não costuma rimar com praias cheias, o que é ótimo. Em tempo: não estou falando de Ipanema, Copa ou Leblon. Até porque aquelas bandas de lá nem sempre estão liberadas para o banho. Vale a pena, então, encarar uma meia hora de carro ( e, indo bem cedo, fugir dos engarrafamentos) para lagartixar na Prainha, uma das menores praias da cidade. E´ também uma das mais concorridas pelos surfistas, pois as ondas são sempre camaradas. Porém, nestes meses de junho a novembro, o fluxo diminui bastante e a gente consegue um lugar ao sol.
Só para chegar lá já é uma viagem em si, no bom sentido. Pegue a avenida litoranea, depois da avenida das Américas e siga em frente, pela Reserva. Cuidado para não passar da velocidade permitida, porque os pardais são implacáveis. Mas, em compensação, vá apreciando a vista, a vegetação, o mar que desliza ao seu lado. Em seguida, continue toda a vida pela orla do Recreio até chegar à praia da Macumba, também hiper bonita. Aí, é só continuar pela estrada que sobe uma falésia e em poucos minutos voce estará chegando à Prainha. E´ essa a vista que se descortina assim que voce vira a curva.
Tem dias que o mar está tão manso que até dá para espantar os surfistas e aí a praia é só sua. Tem uma barraquinha vendendo côco gelado e sanduiches. Muita gente jovem, poucos ou nenhum ambulante. Ideal para quem gosta da praia em seu estado puro.
Claro que quem manda no pedaço são os surfistas...
Esse é um dos pontos mais bonitos para tirar fotos da vista dos dois lados. Um se descortina sobre a Macumba e o outro sobre a Prainha em si. Para estacionar, encoste cuidadosamente e vá para o outro lado, suba no canteiro e por favor não despenque da mureta.
Pronto, fiz propaganda de um dos trechos de areia mais charmosos da cidade, onde predominam surfistas e gente jovem e sarada, alegre e esportiva. Este inverno não vai ser muito diferente, e qualquer sol a pino garante o programa favorito do carioca: pegar um bronze.
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