Antiguidades, velharias, cacarecos, coisas usadas...Quem é que resiste a um brechó? O nome não é gratuito: nos Estados Unidos, todo sábado alguém está promovendo uma venda em sua garagem, se desfazendo de coisas que já não tem utilidade. Colocam tudo diante de casa, na calçada. Chama-se reciclagem, na minha opinião, muito melhor que entupir as lixeiras com montão de trecos velhos, voce vende e faz muita gente feliz.
Este é o espírito da proprietária deste brechó, localizado numa das mais tranquilas ruas do bairro do Jardim Botânico. Há 17 anos, Betty Borges abriu as portas de sua garagem – literalmente - e inaugurou um comércio que só despontava timidamente na zona sul. Os brechós eram mais pro lado da cidade, da Lapa e por aquelas bandas que nem todo mundo se aventurava.
Mas, como funciona um brechó? Na minha cabeça, é um comércio de descoberta, de impulso, transformismo e de nostalgia. Primeiro porque voce precisa sentir a história que mora em cada objeto, grande ou pequeno. Porque não tem absolutamente nada novo lá dentro. E isso é uma delícia.
E olha que se voce for bem astuto, tiver um tempinho de sobra pra ficar bisbilhotando com calma, vai acabar encontrando até mesmo peças antigas e antiguidades de verdade. Posso falar de pequenas cômodas, mesinhas e porcelanas. Às vezes surgem coisas do arco da velha, no sentido literal da palavra.
O que se adquire em brechó é algo que tem vida eterna. Que muda de plumagem. Que se transforma. E´ só deixar a imaginação flutuar. E ter um pouco de criatividade.
Ah, e os pingüins de geladeira? Tinha uma coleção inteira dando bobeira encima de uma estante. Seria pra colocar encima da minha geladeira de ultima geração? Quem sabe? Ou em qualquer outro lugar bem destacado....Bugigangas de brechó sempre encontram um lugar ao sol, já reparou?
Garage Sale, Venda em Garagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário