Por Constance Escobar
Adoro rituais. O do chá da tarde é um dos meus favoritos. Gosto da prata, da louça, das velas e flores na mesa. E do vai e vem dos garçons trazendo a habitual sucessão de delícias que saem dos fornos sob medida pra nos aquecer a alma. Num desses dias atípicos de chuva insistente e vento frio que andaram cercando o Rio de Janeiro, não poderia haver programa melhor. O clima São Pedro providenciou. O resto deixei por conta da tradição e do glamour do Copacabana Palace. Mas... Meu chá da tarde no Copa não foi tudo o que se espera de um chá da tarde... no Copa.
Começamos com empadinhas de queijo e uns folheados que, particularmente, achei bem sem graça. Em seguida, sanduichinhos (de pepino, de salmão e de queijo com presunto, este último num mini croissant) igualmente inexpressivos.
Assim se encerrou o curso de salgados e se iniciou uma interminável sucessão de doces. Olha que ainda não conheci doçólatra mais inveterada do que eu, mas, até pra mim, foi doce de mais. Ainda que estivessem todos incríveis (e não estavam...), acho que poderia ser mais equilibrado o cardápio.
O chocolate quente era até gostoso, mas ralo, muito ralo. As viennoiseries, estas sim, vieram sem erro. Pain au chocolat sequinho e crocante. Um pãozinho de coco, também de massa folhada, delicioso.
Em seguida, ótimos scones, que não deviam muito aos bons exemplares ingleses. E tarteletes que em nada se pareciam com as melhores tarteletes francesas. E, ainda, um bom mil folhas e um brownie que não era macio nem úmido como deveria.
Por fim, uma mousse de chocolate e um suposto crumble de maçã, ambos dispensáveis.
No balanço geral, o chá é razoável. O problema é que se espera mais do que isso de um chá da tarde num lugar com a grife do Copacabana Palace. Expectativa que o preço de R$80,00 + 10% por pessoa trata de inflar bastante...
www.copacabanapalace.com.br
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