




Restaurantes, cafés, passeios e mais um pouquinho de tudo sobre a cidade maravilhosa, pela jornalista Antonella Kann
Você certamente já viu essa especialidade afro-brasileira em algum lugar. E´ um acarajé, iguaria que a gente associa à Bahia, mas que é encontrado no resto do Brasil. E´ preparado com massa de feijão fradinho, cebloa e sal, e frito no azeite de dendê. O camarão seco é usado como recheio e o quitute tem um gosto peculiar. Quem gosta, gosta e nunca resiste à tentação. Quem não gosta, não desgosta mas não morre por ele. Olha, quer saber, até na Barra da Tijuca, terra de surfistas, kite surfistas e turistas, o acarajé faz um sucesso enorme.
Ontem, após voltar do Boat Show da Marina da Glória, pensamos em parar no Azumi, um dos restaurantes japonêses mais tradicionais do Rio. Escondidinho na Ministro Viveiros de Castro, 127, longe dos olhos e sem nenhum apetrecho que chamasse a atenção dos pedestres, este típico estabelecimento é um ícone em si.
São três andares em desnível, o piso central e o terceiro sendo um bar aberto, onde os clientes sentam em banquinhos e o sushiman atende aos pedidos na hora. Todos os ambientes são despojados, sem pretensão, porém a comida que é servida ( com um pouco de demora, vamos combinar...) é muito elaborada e os ingredientes deliciosos.
Como havia algum tempo que não degustava comida japonesa autêntica, pedimos logo um temaki de salmão skin e uma sopa miso. Ambos muito gostosos. O tataki de sardinha foi uma revelação, com um sabor que podia até lembrar algo completamente diferente. Não satisfeita, pedi outro temaki, desta vez de salmão, também ao ponto. O tataki de peixe serra não deixou a desejar e não saí com fome.
O Azumi tem uma frequencia bem eclética, com personagens locais e gringos que vêm à procura de autenticidade e low profile. Aliados a um preço justo, o que o diferencia dos restaurantes japoneses da moda, decorados com muito gosto e glamour, mas onde o cliente derrete o cartão de crédito.
A curiosidade por tudo o que se relacione com a arte de comer bem já a tomava desde criança, muito antes que Constance pudesse racionalizar esse sentimento. Aos poucos, isso foi se tornando uma paixão em sua vida. A ponto de, ao longo de dois anos, passar suas noites num curso de gastronomia e estagiar seis meses na confeitaria de um dos melhores restaurantes do Rio na época, o extinto Carême Bistrô.
Constance percorre incessantemente todos os cantos onde se possa saborear uma boa refeição. Colaboradora ocasional deste blog, divide suas descobertas, de bares, restaurantes e confeitarias a cantinhos e passeios que fazem sua cidade do coração tão maravilhosa.