15.3.10

Praias: shopping a céu aberto ( e bota aberto nisso!)



por Antonella Kann/ fotos Maria Herminia Donato /AK

Imagine um sol de rachar, uma água translúcida, um mar que parece uma piscina e voce dividida entre ir à praia e pegar aquela cor ou ir às compras num shopping center. Já pensou se fosse possível conciliar as duas coisas ao mesmo tempo? No Rio de Janeiro, já é.
Explico: enquanto aproveitava os 42 graus do verão carioca para dar uns mergulhos e não deixar o bronzeado ficar pálido, reparei que a cada dia que passava apareciam mais vendedores ambulantes zanzando pra cima e pra baixo na areia quente, oferecendo tanta variedade de mercadorias e apetrechos que resolvi até documentar.

Ou seja, passei a levar não apenas a máquina fotográfica pra praia como também uns trocados. Quando digo trocados, é nota de 5 , 10 e 20 reais, pois nada fica caro e, claro, tudo se barganha. Mas aí voce vai perguntar: mas o que é que vamos comprar na praia? Então vamos lá: dividimos a parte comestível – que sempre existiu – com o resto. Do tipo, desde protetor solar a bolhas de sabão, por exemplo....( E´, bolha mesmo, daquelas que voce sopra...diversão garantida...)


Aquele vendedor de mate, o sorveteiro e o cesto com sanduíches naturais, todo mundo conhece. Claro que a água de coco e a cerveja continuam como figurantes em qualquer cenário, então deles nem se fala. Agora existem sucos, empadinhas, kibes e esfihas, queijo de coalho na brasa ( antes exclusividade das praias lá do Nordeste) e outras iguarias esporádicas ( e proibidas) como camarão no espeto ( pessoalmente, confesso que não teria mais coragem de comer isso sob o sol escaldante).



O tal “resto”, que mencionei acima, são as coisas mais incríveis que se pode imaginar. A praia virou, literalmente, um shopping a céu aberto, um comercio ao ar livre onde vendem-se vestidos, túnicas, lenços, jóias, cangas e, claro, biquínis. Quanto a este último item , eu me surpreendi observando a ala feminina “ experimentando” os tops – ou partes de cima – por cima dos próprios, sem a menor ceremonia. Estilo carioca de ser...




Chapéus, bonés, óculos escuros, imensos balões coloridos, brinquedos ( vá que voce esqueceu os baldinhos e pazinhas do seu filho em casa). Ah, ia me esquecendo: quer fazer uma tatuagem de henna ? De vez em quando passa um artista especializado.



Só não vi revistas e jornais... Mas, quem sabe alguém surge com uma idéia pra incentivar o hábito da leitura na praia ? Ainda mais agora que existem barracas coloridas e cadeiras de alumínio a vontade que é pra ninguém pegar insolação. Aliás, estes dois itens que coloriram todas as praias cariocas neste verão, me parecem que vieram pra ficar. Estilo Riviera italiana....




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